Thursday, May 29, 2008
Ainda na sequencia do intercâmbio entre produtores, veja-se fotos
Hélder não está de luto, o luto em sí já é um estilo característico
-Here we go straight to the studio!
Produtor, tecnico, apresentador, sonorizador, etc etc...
Ladies & Gentles Mr Neuro do Paiol Sonoro
Nota: A história fotografica de Prime Akim não termina aqui...to be continued
Tuesday, May 20, 2008
Onda positiva no clássicohiphoptime, ainda no contexto da produção musical
Depois de uma breve auto-apresentação na hora da nossa passagem pelo tunel, fizeram definitivamente intervenção começando por falar dos produtores que mais apreciam e de como se envolveram com a produção musical. Já há reacções até aqui positivas sobre o modo tão sóbrio em que cada um falou das ferramentas que usa, dos problemas que tem enfrentado na relação rapper e produtor, tendo sido enumerado o da falta de compreenssão por parte de alguns rappers em relação a aquisição de produção instrumental. Deixaram ficar sugestões de como gostariam que fosse a exposição e venda de seu material e explicaram o que tem feito nesse sentido. Ajudaram o classicohiphoptime clarificar-se e a clarificar sobre o conceito “underground”, mais do que nunca um termo de estudo frequente e que não passa despercebido entre leigos, ignorantes e conhecedores da materia. Não faltou pedirmos aos convidados para que redefinam um modelo de luta contra falta de consciencia na cultura em geral. Há um registo em audio do depoimento de cada um e que provavelmente iremos apresentar de varios modos ao longo das próximas edições do “classicohiphoptime”.
O tempo, esse como sempre coloca os ponteiros e os numeros na hora certa e não espera por ninguem. Isso para dizer que faltou tempo sim, mas infelizmente o nosso tempo deve ser dividido com musica tambem. Com uma gestão futuristica cremos que a gerencia do tempo vai melhorar. Estes fóruns e cruzamentos de pensamento não vão faltar aqui pois o “classicohiphoptime” pretende ser um escape aberto e filtrado, sobre nossas posições em relação a musica. O que certamente você tambem espera aqui.
Monday, May 19, 2008
A amizade falou alto
Monday, May 12, 2008
Num lero com...M'petula, Seven e MaKDaP
Na edição de 11 de Maio rodamos musicas produzidas por apenas 4 dos 10 produtores escolhidos para destaque na edição de 4 de Maio. Neste caso foram: Marley Marl, Pete Rock, DJ Premier e J Dilla, numa edição em que pedimos o comentário de Mpettula, produtor e rapper do grupo 1788, MakDaP, produtor do grupo Muhyve Records e proprietário do makdap.blogspot.com, e rapper e produtor 7 Kruzes, tambem simplesmente chamado Seven. Mpettula, Seven e Mak foram chamados a denunciar alguns entraves no relacionamento entre produtor e rapper, e explicaram como tem estado a disponibilizar os seus trabalhos, e uma das necessidades muito visível, é a de muitos produtores estabelecrem um contacto profissional por causa do aumento da solicitação de seus trabalhos. Mpettula, diverge de 7 Kruzes e este por sua vez é diferente de MakDaP, no tipo e composição. Seven tem uma linha caracteristica que segue o tipo de composição de DJ Premier, até porque ele confessou, não só nesta edição de ser fà incondicional de DJ Primo, já M’pettula opta por influencias de Marley Marl e Pete Rock na linha de Lords of the Undergroun, Fu Shnickens ou até mesmo do “Jump around de House of pain. As produções musicis de MakdaP são totalmente singulares, apesar de algumas vezes usar samples já conhecidos a nivel mundial, ele faz a sua maneira e não deixa de lhe dar aquele toque bastante seco das caixas e bombos que usa. Estes não foram chamados ao nosso programa por serem “melhores” naquilo que fazem, mas simplesmente por serem “bons” no seu trabalho. Vemos no produtor um grande trabalhador e por isso neste mês do trabalhadores homenageamos os mesmos.
Na próxima edição, isto é a 18 de Maio, vamos dar continuidade ao destaque especial a novos produtores, influenciados pelos nomes anteriormente citados. No segundo tempo do classicohhtime não houve uma rigidez na compilação musical, pelo facto de explorarmos mais o espaço “Num Lero com...” MAK, Seven e M’Pettula. De seguida vai o “playlist” da edição de 11 de Maio
Das 14h às 15h
1-Marley Marl-“Who’s sicker?” feat The Hemmingways
2-Lords of the Underground-“What Y’all wanna know”
3-Marley Marl e KRS One-“Hiphop lives”
4-Pete Rock e CL Smooth- “Carmel city”
5-Deda- “Bla no”
6-Ghost face Killa “Be Eazy” feat Trife
7-Dilated Peoples- “ clockwork”
8-Craig David 7 days (DJ premier Remix)
9-NYG’z- “Giantz to thiz”
10- A Tribe called Quest- “The Love”
11-Keith Murray- “Keep it Jiggy”(J Dilla remix)
12-Busta Rhymes feat Q tip- “U can’t hold the torch”
Nas fotos em cima: Cenas de estúdio com Mpetulla, 7 Kruzes. Mak da P e Hélder Leonel
Azagaia esteve no Clube Naval
Wednesday, May 7, 2008
As vezes...
Vejo muitas mudanças intelectuais e tecnológicas mas meu coração me diz que estou longe de sentir o termo “familia”. Fico perto disso quando ouço “uma tarde em paz” de F&G, fico excitado quando ouço o remix de “As mentiras das verdades” de Azagaia e o grupo Paiol Sonoro, e agora ainda neste “hiphop tindlelene” é indiscritível a sensação. Sinto me longe do conceito familia quando alguns enganosos estados de consciencia tendem a convidar-me a “regiões baixas”, como alguma vez disseram os “humanistas”. Mas eu insisto em manter-me em vigília ordinária. Tem sido uma experiencia gratificante atingir estados mentais agradáveis a ouvir uma musica como “Hip hop tindlelene”, principalmente quando a esses “tindlelenes”¹, se pretende conforme na musica deixar uma mensagem. Nhez e Mukhupia procuram na sua vertente linguistica chegar mais perto do alvo(a sua comunidade). Tirei lágrimas sim no decorrer do tema deste “duo” da Polana Caniço. Num daqueles dias de semana em recolha de material na portaria da Rádio Moçambique, recebi um disco que trazia num papel a manuscrito o seguinte recado: Nome do Grupo- Timbone-tha-djá; titulo da musica-“Hiphop tindlelene”(hiphop nas ruas)- E de seguida em quatro parágrafos escreveram:
A click é composta por NHEZ e MUKHUPUIA, dois rep’ra que residem no bairro da Polana Caniço, concretamente no “compone”.
A música hiphop a tindlelene tem como objectivo informar e difundir o rep e a mensagem na lingua local, abrangindo desta forma todas comunidades.
Expressa também o sentimento e o amor pelo ritmo, a capacidade da poesia e do pensamento, a paz e o amor pela cultura.
A musica foi gravada no estúdio da Kasulo e a materização esteve a cargo do kachimbo da paz.
A instrumental foi produzida pelo produtor “DA PAGE”
Assim está e não fizemos alteração nenhuma ao conteúdo, para que os leitores percebam e estejam situados sobre nossos objectivos ao duvulgar a cultura hiphop. Atualmente há muita violência psicologica e muito cinísmo, quando conversamos uns com outros seja cara-a-cara, via sms, ou nos chats e foruns na Internet, atravês dos blogs, e sobretudo atravês das nossas musicas. E muitas dessas violências vem de pensadores, jornalistas, letristas, ouvintes, produtores, artistas hiphop, e outros demais envolvidos de alguma forma com esta cultura gente que devia ser suporte da tal amada cultura hiphop. Alguns tem amor pela sua musica e não pelo rap, outros ainda tem amor pelo seu “bando” de amigos e não propriamente por uma cultura que envolve milhões de pessoas em todo o mundo, mas é no hiphop que veem procurar um abrigo para se fazerem sentir.
Eu sou da musica e não só do Hiphop, a musica é que me connectou ao hiphop, e o hiphop deu uma conecção vital construida com o tempo, nada que não se possa desmoronar. Ninguem melhor do que ninguem mostra um coração aberto, é isto que falta no seio da ausente familia hiphop Moçambicana, amor. Se bem que devemos confrontar nossas ideias sobre o que é amor.
Vão dizer determinadas pessoas que devo ser exemplo de expressão de tal amor. Mas a minha expressão e gesto de amor é invisível a olhos de planos inferiores. É preciso enxergar mais, não se pode ver com olhos de filosofias de odio entre próximos a dividir pessoas. Seres humanos não querem se amar querem cada um a sua forma estar aprisionados a filosofias divisionistas em nome do contributo para mudanças, mas operar mudanças não é ser animal com boca a frente e atrás. Tal como Diz o casal Fatin Dazler e Aja Graydon do grupo “Kindred the Family Soul” ¹: -Capitalizamos o nosso amor na boa musica!. - A musica “Hiphop tindlelene” do grupo Timbone ta Djá, foi um pretexto para juntos encontrarmos um deleite espiritual que continua a fazer do hiphop um verdadeira cultura de paz.
Malele, 08