Thursday, August 16, 2007

Em Revista ao album: Finding Forever


"mais um clássico na História do futuro do b-boy"



“Finding Forever” é o novo album de Common, rapper que vai já no seu sétimo LP, este que foi apresentado oficialmente para o público no dia 31 de Julho. É um album com duas edições, uma delas especial com alguns bonus e pelo facto conter alguns remixes de temas do mesmo album. O Novo LP e seu conteúdo em geral só vem mostrar um rapper que vem subindo de nivel em quase todos aspectos desde o nivel de mentação e a simplicidade melódica encontrada nas composições que mesmo assim não deixam de ser boas. Cada vez mais maturidade é o que se pode conferir dum passeio que começa, no “Intro”com um som humido e acolhedor sem palavras, pronto para receber os ouvintes. Em seguida vem “Will I’am” em “Start the Show”, o primeiro intercâmbio do Disco com “Will I am” , Common e Kanye West, numa instrumental aparentemente agressiva mas acima de tudo energética para iniciar o show.

The People entra depois com samples bem sequenciados e nota-se um inicio com objectivo de atraír-nos para um grande beat e é sim senhor “The People” umsom feito de coração para as massas e os amantes do rap de rua, a composição está também bem concebida para qualquer outro tipo de ouvido ainda mais com a presença indispensável de “Dwelle” no refrão. Fica a impressão que Kanye Caprichou sem querer na produção.

Lillly Allen é uma voz que veio de certo modo revelár-se neste meio musical dando energia e alegria ao tema “Drivin me Wild” outra vez numa caixa e bombo que batem como se nada quisessem. Com Kanye uma vez mais a ser o produtor visionário. Musica sem muitas complicações mas agradável. Quanto a performamnce de Common cremos que pode se dizer que continua igual a sí mesmo. Sem decepcionar os seus fãs ou talvez melhor do que antes. “Will I am” prova aqui ser de facto um, musico de dimensão universal. O Rapper , dançarino, cantor, compositor, produtor e multi-instrumentista, e por ultimo lider dos Black Eyed Peas, produz o tema “I Want U” e coloca uma voz encantadora concerteza criando um efeito positivo para quem estiver no seu carro em casa ou na pista de dança. De seguida em “South Side” juntam-se outra vez Common e Kanye num rap de base instrumental que remonta atravês do sample o pop rock dos oitenta sem aditivos de estudio. Concerteza musica tanto para “hardcore rappers” e para quem não dispensa uma boa mensagem. Common demostra uma forma de luta, o punho do rap, da negritude, da revolução, a criatividade e a necessidade de estarmos conectados a realidade é pelo menos o espelho da musica “The Game” desde a produção uma vez mais cargo de “West” e desta vez com a participação do ïcone DJ premier nos Scratches. Algo inédito e interessante que encontramos aqui são três gerações numa musica só.
Por um lado DJ Premier como a antiga escola, Common como a geração seguinte e Kanye West é o futuro do que classicos como Premier iniciaram.


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Bilal tem estado com Common desde o album “Like water for Chocolate” e até aqui não desaponta sempre que aparece. Sempre multifacetado em termos de voz, só mesmo a ficha tecnica do album para ajudar-nos a identificar a voz. Uma voz que embeleza num canto humilde no tema “U Black Maybe”. Mais uma mensagem daquelas que põe nos a refletir bem ao jeito de Common Sense.


“Dont let me be missunderstood” é um clássico da pianista e Jazzista falecida Nina Simone do qual foi extraído o sample que dá classe ao tema “Missunderstood” onde Devo Sprigsteen o produtor da musica coloca Bilal a fazer o refrão A ideia de que Common e os seus produtores tem um ouvido com espaço para a musica de antes e depois de sí só contribui para que ele receba um largo respeito , reparem depois a conexão entre o Hip hop e o soul classico neste tema.


As Habituais intervenções de “Lonnie Pops Lyinn”, pai de Common e que começaram no album “Like Water for Chocolate” voltaram no album “Be” e não foram dispensadas para este trabalho. Bilal abre com uma presença bastante gospel e mais tarde abre o micro para o rap e Common dá a sua explanação sobre o significado de “Finding Forever”. Como ele próprio explica “Findimg Forever” é encontar realmente um lugar na musica onde se pode existir para sempre Musica pode ser eterna se fizermos com o coração, se fizermos da alma. E Common olha para musica como “Bob Marley” ou “Marvin Gaye” ou ainda “A Tribe Called Quest” como musica eterna, ele continua a procura de fazer musica para sempre. O rappre tem pensado em Jay Dilla que deixou musica que vai permanecer sobre varias gerações futuras e espera que Common também seja um modelo para seguir para sempre, ele vem fazendo isto há muito e espera encontar um lugar que possa ficar no “game” e existir para sempre.

O album fecha com a produção de Karrien Riggins um jovem que não só tem se destacado a nivel do hip hop mas também do neo soul ele fecha com Bilal e Common deixando um recado para melhor coerência de todos nós na vida “Play your cards Right” uma espécie de comporta-te e cuidado com as tuas atitudes


Em termos de produção musical Common vem demostrando e aqui não foi excepção que ele já formou uma base de artistas em seu redor onde ele consegue ter o que quer. Nomes como J Dilla, embora falecido , Will I am, Kanye West seu conterrâneo parece merecer destaque em termos de produção desde o album Be. Common diz que em algumas faixas Kanye West tentou trabalhar nos samples de forma semelhante a J Dilla como forma de homenageá-lo. Tentou também trazer um “Feeling Soulfull” para o album. Este disco é uma mistura de “College Drop out”, “Be” e “Illmatic” num unico trabalho. Sem mais para dizer sobre “Finding Forever”o melhor é sugerir que acompanhem de faixa a faixa sem procurar julgar o album, apenas ouçam. Finding Forever é o objectivo principal de Common na sua existência. Ele é o rapper do momento na cena do rap consciênte.


Por Hélder Leonel