Saturday, October 20, 2007

"Tamos preoucupados" Parte II(Conclusão)


As motivações por de trás das nossas atitudes... a raíz dos nossos pensamentos

Por Hélder Leonel Malele



O Ser Humano em especial é um ser lançado ao mundo e esse mundo determina a personalidade desse ser de acordo com dinâmica de processos históricos e costumes que circundem esse ser humano. O mundo está em constante transformação e o ser humano é o motor dessa tranformação. Talvez tenha que dar razão a “Silo”(Movimento humanista) neste instante quando fala da possibilidade de transformar o mundo e fazer mudanças e ele diz: Toda a realidade é mental”. Este é o impulso para que o ser humano tranforme o mundo de acordo com a sua intencionalidade. As acções que qualquer ser humano desencadeie no mundo não estão de modo nenhum desassociadas a outros seres por mais que não estejam em relação direta . Não há nada que eu faça que não beneficie ou que prejudique o outro. Este é o ponto de partida para que revisionemos nossas acções no mundo. Ainda que eu pense estar no dominio das minhas faculdades mentais e das minhas emoções as minhas obras podem ser para fazer mal ou fazer bem. O Jornalismo é uma actividade profissional que conciste em lidar com Notícias , dados factuais e divulgação de informações. Com andar do tempo os conceitos gerais do Jornalismo sofreram alterações devido ao tipo de obras dos seres humanos(boas ou más). Por Ex: Desde que rebentou a Bomba Atómica na decada de 40, a forma de Jornalismo não foi mais a mesma simplesmente porque alguns começaram a redifinir as redacções e as reportagens pelo tipo de factos que eram novos e diferentes. Assim como as torres gemeas vieram trazer novas formas de Jornalismo. A certa altura sentiu-se a necessidade de investigar e não esperar por factos para produzir notícia. Outros começaram a criar publicações comerciais onde se centram em determinado tipo de factos como escândalos artísticos ou violência doméstica dando-as um destaque exagerado em relação ao próprio facto.

Estas e outras coisas foram acontecendo ao mundo da informação , razão pela qual o mesmo hoje em dia se tornou num paradoxo a registar por se confundirem “Crónicas” com artigos e editoriais ou pelo aumento de um ponto ou distorão na percepção de um facto, ou ainda o não dominio do tema em questão.

O aparecimento de “paparrazzi” uma especie de Jornalistas secretos assim como o Jornalismo de denuncia. Outro aspeto importante é o de estarmos numa sociedade de informação onde devido ao incremento da tecnologias qualquer pessoa está perto do resto do mundo e tem acesso a informação por cadeias multi-media como celulares, TV. Internet etc ou seja qualquer tem disponivel a informação requerida e logo é Jornalista ou exerce de alguma forma a actividade. Haverão separações abismais entre os Jornalistas, já que nem todos dominam a ética e todos os aspectos relevantes para que essa actividade não acuse injustamnete, não minta ou não violente o objecto em causa. Se o uso da palavra não é feito com inteligencia, não tem regras e não tem limites, então estamos numa sociedade de informação violenta.

Muita da actividade Jornalistica que se pratica hoje não tem em conta todos os angulos necessários para se escrever, criticar ou denunciar um facto. A opinião pessoal e muitas vezes o ego e a instabilidade do eu de por de trás do Jornalista, podem produzir tamanhas asneiras e desencadeiar consciente ou insconscientemente uma series de conflitos. Em Jornalismo diz-se que critica é uma função de comentário sobre determinado tema geralmente da esfera artistica ou cultural, com o proposito de informar o leitor sob uma prespectiva nao só descritiva, mas também de avaliação.

A crítica é feita pelo crítico, jornalista ou profissional especializado da área, que entra em contato com o produto a ser criticado e redige matérias ou artigos apresentando uma valoração do objecto analisado. Em geral, o crítico não pode apresentar uma avaliação puramente subjetiva, mas também deve apresentar descrição de aspectos objetivos que dêem sustentação a seus argumentos.

O tipo mais comum de crítica é a Crítica Cultural, embora a rigor haja também críticas a todo tipo de produto ou serviço disponibilizado ao público. De acordo com a sua credibilidade, críticos podem alavancar ou destruir carreiras de muitos profissionais. Daí a importância da responsabilidade com que devem encarar o seu poder. Dizia um amigo meu programador e produtor musical via softawares de composição, que ele pode indicar ou dar as ferramentas para o uso do material que ele usa a qualquer interessado só não garante fazer com que os trabalhos dos seus orientados ou alunos sejam como os dele por ser uma questão de sentimento e criatividade de cada um. Isto para dizer que tem havido muita ausência de responsabilidade e criatividade, quanto temos em mão um instrumento de poder como são os casos da musica e literatura e no caso concreto do Jornalismo. O Texto presente não descreve situações ou fala de situações pontuais sobre essas “Incoerencias Jornalisticas” até porque embora desempenhando informalmenete a profissão não há do meu lado formação ou especializaão na area. Estas são apenas algumas ideias mal paradas na nossa consciência pelo crescente uso abusivo e violento da palavra de Jornalistas , redatores ou repórteres sem conhecerem o centro das suas obras e sem se quer terem tido qualquer contacto com a instituição, grupo ou pessoa de que falam.

Falo concretamente do ambiente Hip hop que se vive arredores. Compreende–se que há toda uma vontade, esforço e necessidade de fazer crescê-lo e saudável, mantendo os seus principios e acima de tudo faze-lo uma cultura eterna. Mas existe uma aflição generalizada que faz com que todos nós coloquemos “a carroça a frente dos burros”. Na construção deste edificio(O Hip hop) onde pela forma desenfreada e esfomeada que estamos a construir sejámos nós próprios a construir o desmorronar de tal cultura no nosso país. Destruindo com uma falsa fé de que estamos a erradicar problemas.


O Hip hop não é autoridade para classificar, definir ou criticar outros géneros musicais enquanto for influencia ocidental. É uma cultura para Co-existir com outras respeitando a diversidade cultural. Jornalistas ou não, Rappers ou não, zangados com correntes como “Pandza” ou “Dzukuta” devem ficar com isso como opinião pessoal e não para jogar pedras sobre os outros porque sendo Hippopers não somos Moçambicanos ou Underground mais do que ninguém. O engraçado é, mesmo que fujam rappers para o pandza ou seja lá o que for, mesmo tendo dito antes que eram fiéis ao Hip hop. Querendo como não o pandza é mais Moçambicano que o Hip hop. A crítica as vezes tem um ilusório pensamento de que resolve as coisas na raíz do problema quando na verdade começa erradamente pelo caule. Resolver pela raíz é conhecer absolutamente o problema tendo em conta aspectos de não violência. E temos dito no “Classico Hip hop time” que o nosso programa é pela “não violencia como método de acção” ainda que muitos encarem alguns processos do nosso perfil como violencia, mas não há aqui violencia propositada. A crítica pertence a ordem de liberdade de espirito. Mas negamos aceitar uma liberdade de espirito violenta ou seja, minha liberdade de espirito permite-me contestar até alguns conceitos sobre a Critica Jornalistica.

Imaginemos três pontos de observação ao mesmo lugar. Uma agricultor em terra observa a sua machamba, é um ponto de observação. O seguinte é um aviador que observa a mesma terra apartir duma avioneta, desse ponto ele vê o agricultor e sua machamba de outro ponto encontramos um astronauta que observa o planeta em sí. Este está acima do aviador e por conseguinte do machambeiro. Estes três individuos terão consequentemente diferentes pontos de vista e logo diferentes tipos e visão de acordo com o seu ponto de observação. Diziam alguns amigos sobre a paz no dia 4 de Outubro que esta seria uma acção conjunta na construção de um bem comum para todos. O contrário disso só pode gerar violencia e desigualdade. Também a há diferentes niveis e pontos de vista sobre a construção de um bem e que cada um construa esse bem sem violentar o outro. Esta é a nossa contribuição para a Critica Jornalistica e para todo o sistema de informação neste país. Experteza e inteligencia são coisas diferentes e a segunda é melhor.