Tuesday, June 3, 2008

MC, o elemento em destaque no mês de Junho

Este é o mês da discussão em torno do elemento MC, é assunto que convida muita gente a prestar atenção, mas também assunto dificil e despreocupante para muitos outros. O facto é que para o clássicohiphoptime falar de MC como mestre de cerimónias é estar devidamente ligado ao hiphop como cultura que ao longo da sua história definiu varios elementos entre os quais 5(cinco) principais a saber: Graffite, relacionado com as artes plasticas, pintura e decoração de murros sub-urbanos, tendo exactamente o seu ponto excitante o facto do artista não estar autorizado e correr-se o risco de apanhar uma multa. Neste elemento é normal que as autoridades não incriminem o grafiteiro aproveitando a beleza da obra para estética no bairro, ou cidade. O grafite insere-se nos elementos da cultura Hiphop como uma forma de estar de manifestação social e artistica.

Outro elemento é o DJ, na gênese Hiphop a pessoa que animava as festas, como o MC atualmente, com uma mensagem que mantém as pessoas no ritmo das “block parties”
( Festas do bairro). O DJ era acompanhado pelo “selector”, era assim designado o que usava o “soundsystem”(o sistema de som) e tocava a musica dos “turntables”(gira-discos) mais tarde o elemento deixou de responder o seu próprio termo “Disc Joker”, tarefa que servia também como “master of cerimonies”( Mestre de Cerimónias), passando ser o DJ aquele que seleciona e toca a musica. O que quer dizer que para as origens do hiphop dos suburbios Jamaicanos, DJ Speech seria o “selector” e o DJ seria o “rapper” ou MC que anima a festa ou o “show” .




O terceiro elemento é o da dança, o “break” é o elemento de expressão corporal, “the Hip to the hop”, com movimentos específicos e com designações próprias como a “hélice” , a “cobra” as simulações de passagem de energia e outros, feito pelos “B-boys” o que quer dizer “breaker boy. A musica usada tem sido o “old funk” ou musicas rap em “club version”(versão para dança).

Segue-se elemento MC que é o rapper, o mensageiro, o da performance vocal, que dá ritmo a poesia . Atualmente existem varios tipos de MC’s, falamos de “battle rappers”(rappers de batalha) atacando e respondendo a outros MC’s, caracterizado como um acto competitivo, uma especie de jogo de conquista de espaço ou para definir o melhor, o termo “punchline” é usado para caracterizar cada golpe nas letras maioritariamente de auto-clamação. Mas o “punchline” é tambem uma caracteristica do “conscious rap”, onde o MC deixa um recado mais consciecializador. Há muitas outras designações para o MC atualmente.

Para o Classicohiphoptime o elemento MC centra-se na sua importancia como transmissor de uma mensagem de contestação e intervenção social, educativa e integra para o equilibrio das estruturas e dinâmicas da sociedade. O mais novo dos elementos é da conscielização, apontando a necessidade do conhecimento, digamos que é o elemento intelectual cujo os rappers mais conservadores veem como uma necessidade de extrema importancia. A constante escolarização dos rappers, a avaliação da sua atitude como um meio de comunicação.
Os elementos da cultura Hiphop tem muita coisa em comum para além de estarem ligados ao rap, tem todos a noção de conciecialização, apresentando-a cada um do seu modo. Entretanto sabemos que hoje em dia a informação mais mediática mostra um cenário completamente diferente dos conceitos e tendencias aqui definidas e isto pode manipular a opinião publica. O que até certo ponto pode fazer com que muitos observadores discordem com o que escrevemos, é o mesmo que dizer que não estamos a dizer que as coisas são assim, estamos a dizer que deviam ser assim, porque foi assim projectado e assim é que está correcto. Mas já dinâmica dos acontecimentos registou uma mudança onde o Dj deixa de ser o rapper animador ou “toaster” como era para os Jamicanos fundadores do hiphop, e passa ser que toca musica, passando a ser chamado MC, o animador, rapper e que lança a mensagem para o auditório. Mudou tambem com o tempo a base instrumental, pois antes era feita com base “reagge” nos ghetos de “kingston” e passou para o ragga e mais tarde no Bronx com Cool herk para bocados de Soul e Funk até o som que carateriza o hiphop moderno.

É no elemento MC que pretendemos , louvar, criticar e tocar varios nomes que tem desenvolvidoo elemento nas varias vertentes(Battle MC, Freestyler e Conscious). Na edição de 1 de Junho destacamos Chuck D dos Public Enemy, Big Daddy Kane, Rakim, Ice Cube, Nega Jizza, Possemente Zulu, Jeru The Damaja, Jay Z, Nas , Notorious BIG, Big L e outros. Já no Salão do rap nacional rodamos alguns nomes do rap local na prespectiva de serem definidos MC’s tocando sons de Duas caras, Flash, Tira Teimas, L Nato, Rage, Iveth, Sick Brain, K Real. Temos co-presente que e sublinhamos na edição passada que qualquer afirmação expressa nos nosso programas não se impõem como verdade absoluta havendo espaço para fluam outros pontos de vista com vista a equilibrar e enriquecer a informação para todos. Na proxima edição continuamos no destaque ao elemento já com convidados a mesa para a exposição e debate sobre o tema. Os convidados serão conhecidos ao longo da semana ou na proxima edição do classicohiphoptime.